terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

TOALHAS DE RENDA

Márcio José Rodrigues





Toalhas de renda
de bilros, mistérios...
Abertas na praia.
Bordados etéreos,
À luz do luar.
Quem sabe se as águas
Escondem sereias,
Fascínios de dunas,
Espumas e areias,
De coisas de mar.

Tramóias de prata
Nas alvas esteiras.
Segredos guardados
De antigas rendeiras,
À luz do luar.
Antigas saudades
De antigos Açores,
Antigas lembranças,
De antigos amores...
Cantigas de mar.

Um vulto caminha
À beira da praia.
A espuma lhe borda
A fímbria da saia,
À luz do luar.
Lagunas, imagens...
Os passos de Anita....
Pegadas n’areia....
O vento medita
Histórias de mar.

5 comentários:

Anônimo disse...

Lindo poema! Adorei!

Regina...

J.Machado disse...

Macanudo, são de emocionar, os seus versos!
Nota 10

Clarice Villac disse...

Poema sonoro, leve, pleno de imagens, mágico !

Parabéns !

RITA MEDEIROS disse...

Amei!
Muito singelo!
Parabéns!

Anônimo disse...

Muito esse poema Toalhas de Renda.
Também com esse "Elenco não seria diferente.

Maria de Lourdes Castro