Dulce Claudino
Lua cheia no céu.
No mar, fluxos de serpentinas multicores
Adornam a orla espumante
Sobrepujando as ondas que beijam a areia
Num zumbido cantante.
Bem longe, acariciando o infinito
topo de uma embarcação toca de leve as teias douradas
E baila , valsando notas de um refrão
Sonorizado nas guitarras das ondas enluaradas.
Bem perto, o sonhador espelha-se
Na versão silenciosa de uma penetrante onda
Vasculha suas entranhas, encharcando-as de transparentes bolhas suaves, gélidas
Molhando a alma na execução de sua ronda.
A escuridão domina no apagar das velas pelo sopro de uma negra nuvem
Afugenta-se o brilho das serpentinas multicores
Os pés do sonhador caminham sem rota, vagando sobre as ondas em ziguezague
As narinas aguçadas saboreiam os odores.
Mar , maré , maresia...
Um acalanto, que alimenta o sonho
Ao embalar a rede de quem dorme ao léu.
Mar , maré , maresia...
Doce seresta de quem vive em festa
Por ter como berço o aconchego do enlace
Entre MAR e CÉU.
(Imagem: http://www.photos8.com/)
Um comentário:
Dulce
Este poema esta muito lindo
Tem imagens muito fortes e melodiosas.
Um poema que consegue fazer a gente se sentir lá.
Marcio
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