Regina Ramos dos Santos
Natal é a data mais importante do mundo cristão, porque simboliza o nascimento daquele que veio para ensinar à Humanidade o significado da palavra “amor”. Época, portanto, de homenagear a mais nobre pessoa que já habitou este planeta. E a melhor maneira de homenageá-la é incorporar seus ensinamentos à nossa vida diária.
Infelizmente, o materialismo tem feito com que muitos se esqueçam do verdadeiro sentido do Natal e só se preocupem com os presentes, a decoração da casa e o preparo da festa. Assim mesmo, Natal é época propícia para repensar valores e traçar novos rumos a serem seguidos.
Um dos costumes natalinos que considero mais importantes é a troca de abraços e de votos de felicidades. É justamente sobre a prática de trocar abraços – tão profusa no Natal, mas tão escassa no resto do ano – que gostaria de refletir um pouco...
Nada mais reconfortante do que um abraço sincero, daqueles bem apertados, trocados entre pessoas que se gostam de verdade. Transfusão de calor humano, energia e afeto. Muito diferente daquele abraço formal, frio, contido, acompanhado de imitações de beijos no rosto – pura superficialidade! Melhor dispensar um abraço assim, porque não acrescenta nada a nenhum dos protagonistas. Um aperto de mão e um sorriso gentil já estariam de bom tamanho nessas ocasiões.
A maioria das pessoas gosta de ser abraçada. No entanto, poucas parecem ter o hábito de sair por aí distribuindo abraços, seja por falta de tempo, timidez ou, simplesmente, falta de costume. Eis uma atitude que deveríamos praticar bastante, até o ponto de incorporá-la ao nosso gestual mais instintivo.
Conheço uma moça chamada Lenice que faz isso o tempo todo. Não importa o lugar, o horário ou a circunstância, ela faz questão de dar um abraço apertado em quem tenha a felicidade de encontrá-la. Seu abraço, aliado ao enorme sorriso, tem poder incrível sobre o ânimo da gente, verdadeiro bálsamo em meio às atribulações do dia a dia. Com esta atitude, ela faz com que todo dia pareça Natal.
Pessoas como Lenice têm poder de acalmar as outras, transmitindo-lhes carinho e energia, ale de harmonizar todo o ambiente. Pessoas assim parecem muito mais conscientes do seu papel de “mensageiras de Deus” – papel que, na verdade, todos temos, embora a maioria de nós não saiba disso.
O Criador sabe muito bem, quando seus filhos estão tristes e cansados e, não podendo acariciá-los diretamente, envia um destes “anjos” em seu lugar para animá-los e encorajá-los.
Muitas vezes, Ele não se limita a enviar um carinho, mas um recado completo que só vai entender quem estiver devidamente sintonizado. E a sintonia só vem através da prática do bem, seja em que âmbito for. Para isso, não há necessidade de grandes obras, porque as oportunidades estão por toda a parte.
Podemos fazer o bem através de uma palavra carinhosa, de um sorriso, da fofoca que não levamos adiante, quando ajudamos alguém na realização de uma tarefa, no desejo sincero de um “bom dia”, na disponibilidade para ouvir, por meio de um abraço ou de outras mil maneiras igualmente simples.
Só é preciso saber reconhecer e aproveitar essas oportunidades, o que significa vencer nosso egoísmo e comodismo. Afinal, foi para servir que viemos aqui.
Assim, através das nossas atitudes em favor daqueles que, não por acaso, compartilham conosco a existência, estaremos homenageando Cristo o ano todo e todo dia será Natal! Podemos começar agora... distribuindo abraços!
3 comentários:
O ser humano nasceu para viver em amor. Calar o amor em todas as suas formas é o maior erro que se pode cometer. O ser humano também precisa se sinais visíveis do amor para saber de sua existência. O abraço de Lenice é uma bela imagem de como o natal pode ser comemorado todos os dias.
Então, um ABRAÇÃO, Regina.
Feliz Natal
Márcio.
Texto belo e sugestivo. Natal é isto: abraçar, olhar e amar como Jesus nos ensinou. Parabéns, Regina.Fatima.
Regina, você escreve com o coração!
abraço fraterno
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