quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

DOIS MIL E DEZ NATAIS

Márcio José Rodrigues

Dois milênios! Tanto tempo é passado...
A noite mais feliz, inigualável,
O mistério de amor mais memorável,
A humanos mortais, já revelado.

Um menino, herdeiro majestoso
Do rei mais poderoso do universo,
Faz o mundo, em luz, nascer imerso,
Na grandeza do gesto generoso.

Pois, de amar tanto assim, a criatura,
Encarna em criatura, o Ser Perfeito
E o que é divino, humano se afigura.

Se, do amor, mesmo Deus, está sujeito,
Que eu também possa usar dessa ternura
E deixar ser Natal dentro do peito.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pois é poeta, as vezes encontramos gente que não deixa passagem para a ternura mas o Natal talvez tenha este poder. Seu belo soneto termina de forma especial.Parabéns.
Abraço grande. Fatima

J.Machado disse...

Caro Márcio, este soneto me levou lá pra Parobé. Lá o Natal era mais simples e bem mais esperado. Lá o Natal nascia no peito da gente mesmo.
abração